Revisão de filme de Michael Kohlhaas
O gênero ocidental sobreviveu porque cada nova geração de diretores americanos encontra uma maneira de reinventar a forma. Mas o Ocidente também tem apelo internacional, e o diretor francês Arnaud Des Pallieres usou o formulário para contar a história de "Michael Kohlhaas". O filme deriva seu personagem principal da novela de Heinrich von Kleist, ambientada no século XVI. Na versão de Des Pallieres, Kohlhaas é um criador de cavalos de sucesso na região sul da França. Quando dois de seus cavalos são apreendidos e abusados ​​pelo barão local, Kohlhaas exige reparação. Suas tentativas de receber justiça do sistema judicial fracassam e, quando sua esposa é atacada, Kohlhaas declara guerra à classe dominante.

"Michael Kohlhaas" foi fotografado por Jeanne Lapoirie. Cinegrafista experiente, trabalhou com quase todos os principais diretores da França, incluindo Agnes Varda, Francois Ozon e Andre Techine. Sua técnica de iluminação é excelente, e Lapoirie conseguiu criar imagens bonitas e sensuais usando vídeo digital. Tanto as fotos internas quanto as externas mostram seu fascínio pela interação da luz solar e das sombras. O ator Mads Mikkelsen, que interpreta Kohlhaas, recebe inúmeros close-ups e a câmera permanece freqüentemente em seu rosto expressivo, especialmente na cena final.

Este filme foi lançado nos EUA como "Age of Uprising: The Legend of Michael Kohlhaas", um título que pode levar o espectador a esperar um épico sangrento ao longo das linhas de "Game of Thrones". Há apenas uma sequência explicitamente violenta, no entanto, que ocorre quando Kohlhaas ataca a propriedade do barão. Em uma cena posterior, Kohlhaas observa seus seguidores emboscarem um grupo de viajantes. A ação é vista de longe, de longe, sugerindo o distanciamento emocional de Kohlhaas da brutalidade de sua campanha. Ele é igualmente desapegado ao executar um de seus próprios homens por desobedecer uma ordem.

É nesse ponto que Martin Luther aparece, embora seu nome nunca seja realmente falado. O reformador protestante argumenta que Kohlhaas deveria depor suas armas, dizendo: "Se todos agissem como você, a ordem e a justiça entrariam em colapso". O argumento de Lutero contra o vigilantismo falha em convencer Kohlhaas, no entanto, que insiste em ter direitos que devem ser respeitados. Kohlhaas responde à violência com violência, enquanto Lutero prega paciência e perdão. Esta é a sequência de diálogo mais longa do filme, e Des Pallieres quer que seu público considere não apenas o conflito de Kohlhaas, mas como o argumento se aplica à sociedade contemporânea. Kohlhaas está lutando por uma causa justa, ou ele é um terrorista?

"Michael Kohlhaas" foi lançado em DVD em 2014, em formato widescreen. Está em francês com legendas em inglês. Eu assisti o filme às minhas próprias custas. O filme não tem classificação, mas devido a alguma violência e uma cena de amor provavelmente seria PG-13. Opinião publicada em 5/9/2015.