Analisando transações contábeis
Quando o processo contábil é concluído, um conjunto de demonstrações financeiras é emitido. As demonstrações financeiras são cruciais para decisões de investimento, autuações, resolução de conflitos, etc.

O processo contábil envolve cinco etapas:

1) Analisando
2) Classificação
3) Gravação
4) Resumindo
5) Interpretação

Embora todas essas etapas sejam muito importantes, a análise de uma transação garante confiança e relevância às informações financeiras. Para ser útil, as informações contábeis devem ser confiáveis ​​e relevantes. Os tomadores de decisão buscam informações valiosas nas quais eles podem confiar ao tomar decisões informadas.

Ao analisar transações, as seguintes perguntas devem ser postadas e respondidas:

1) Quais são as contas envolvidas em uma transação?
2) Quais são as classificações das contas envolvidas? São contas de ativos, passivos, patrimônio líquido, receita ou despesa dos proprietários?
3) As contas aumentaram?
4) As contas foram diminuídas?

Contadores forenses devem ser proficientes em fazer inferências sobre transações contábeis. Por exemplo, se um contador forense for contratado para ajudar a resolver uma disputa entre dois acionistas de uma corporação, ele analisará as transações comerciais da entidade, estabelecendo relacionamentos significativos entre contas diferentes. A partir dessa entrada inicial, o contador terá um caminho para outras fontes de informação que valida suas descobertas iniciais.

Transações comerciais são eventos que têm um impacto econômico direto sobre uma entidade e são expressos em termos de dinheiro.

Quando confrontados com um conjunto de transações comerciais, procuramos o impacto que eles têm no patrimônio dos acionistas. Cada ação tem certos direitos e privilégios explicitados quando as ações são emitidas. O contador forense que analisa as informações examinará os estatutos, os certificados de ações e as leis e regulamentos.

A seguir, estão os direitos que cada ação possui, a menos que declarado de maneira diferente nos documentos corporativos:

o Compartilhar proporcionalmente nos lucros e perdas
o Compartilhar proporcionalmente na administração
o Compartilhar proporcionalmente em ativos corporativos na liquidação.

Ao analisar as transações da Enron, os contadores forenses determinaram que a Enron emitiu ações ordinárias para entidades de propósito específico, SPEs em troca de títulos a receber. Essa prática foi enganosa para investidores, credores e fornecedores. O impacto do registro dessas notas foi um aumento nos ativos contábeis quando foi feita a seguinte entrada:

Notas a receber $ xxxx
Patrimônio líquido $ xxxx

A Securities and Exchange Commission, SEC, enfatizou que se tratava de um erro contábil, uma vez que o patrimônio não pode ser registrado até que o dinheiro seja coletado.

Aqueles que analisaram essas transações tinham diferentes pontos de vista sobre a apresentação dessas contas a receber. A SEC resolveu essa questão exigindo que esse tipo de transação fosse registrado como uma conta de patrimônio líquido, uma dedução do patrimônio líquido.

A análise adequada das transações evita a emissão de demonstrações financeiras enganosas, aumenta a dependência de informações financeiras e ajuda a reconquistar a confiança na profissão contábil.



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