Laços do visco à paz e ao romance
O visco foi usado como um símbolo da paz pelos romanos. Quando os inimigos estavam debaixo das árvores que continham visco, eles abaixaram as armas e fizeram as pazes. Essa era uma prática comum por volta de 500 a.C. em Roma. Este também era um costume entre os guerreiros escandinavos. Essas práticas romanas e nórdicas levaram ao ritual de pendurar visco acima do limiar.

Cônjuges brigando foram instadas a beijar e se maquiar sob o visco. Nos tempos medievais, as pessoas criavam o que chamavam de arbusto de beijo. Era uma moldura de madeira coberta com visco, frutas, nozes e tiras de papel colorido. Bolas de visco também foram embrulhadas com fita.

O ramo do beijo ou a bola do beijo foram usados ​​nos tempos vitorianos. O ramo do beijo era popular no século XVIII. Era principalmente esférico ou circular, com o visco sendo tecido em madeira ou arame. Charles Dickens descreveu isso no The Pickwick Papers.

Como ramo de beijo, este estava pendurado em uma polia do teto, para poder ser abaixada para o ritual do beijo. Esses arranjos maiores de visco ao longo do tempo vieram substituir os ramos únicos de visco, o que acabaria por ter consequências.

Os ingleses beijaram-se sob raminhos de visco no século XVI. Essa era uma prática de inglês muito comum. Erasmus escreveu sobre suas experiências entre os ingleses: "Vire para onde quiser beijos, beijos em todos os lugares".

De acordo com uma versão desse costume, um jovem pegava uma baga cada vez que beijava uma garota, que na verdade era baseada em uma crença antiga comum. Quando o raminho ficou sem frutos, ele teve que parar. Em outras versões, a garota é a que colhe as bagas.

O costume de beijar sob a planta tornou-se mais popular no século 18, quando muitas pessoas na Inglaterra se interessaram pelo druidismo, o que os levou a seguir algumas práticas druídicas. Segundo algumas interpretações, beijar sob o visco era de fato um ritual de fertilidade entre os druidas.

O visco foi transformado em símbolo de amor por Freya, a deusa nórdica da beleza, fertilidade e amor. Foi ela quem prometeu um beijo para quem passa por baixo do ramo.

Segundo o mito, uma garota que se recusa a beijar sob o visco será solteirona. O costume de queimar visco na Noite de Reis tinha o objetivo de quebrar essa superstição.

Várias lendas ajudam a explicar como as pessoas começaram a se beijar sob o visco. Em uma versão, isso foi iniciado pelos nórdicos depois que Baldur, o Belo, filho da deusa Frigga, foi morto por um dardo feito de visco. Baldur era o deus da luz. Ele foi trazido de volta à vida pelos deuses.

Em uma história semelhante, Apolo, o filho de Vênus, a deusa da luz, foi morto por deuses travessos ou espíritos malignos. No entanto, ele também foi trazido de volta à vida também. Apolo era o deus da medicina, profecia, poesia e música.

Nas duas histórias, as mães não conseguiram proteger seus filhos do visco. De qualquer forma, as mulheres ficaram tão felizes com o retorno seguro dos filhos que beijaram todos os que andavam sob o visco, o que explica por que os escandinavos passaram a ver o visco como um símbolo de paz.