Cientistas encontram nova maneira de rastrear pinguins
O aquecimento global e o derretimento das calotas polares tiveram um enorme efeito na vida marinha em geral. Tartarugas, água-viva, cavalos-marinhos e corais são todos afetados, mas o que é notícia no momento é o pinguim. Esses pequenos pássaros em preto e branco são todos parecidos com o olho humano e isso dificulta contá-los e acompanhar seus hábitos de reprodução.

Pensa-se que existam 20 espécies diferentes de pinguins, todas as quais vivem no Hemisfério Sul. Atualmente, as colônias ao largo da costa da África do Sul estão recebendo mais atenção dos conservacionistas e há preocupação com o declínio dos números. O tamanho das colônias em vinte e quatro ilhas nessa área está diminuindo rapidamente. Esses pinguins medem cerca de setenta centímetros de altura e pesam até cinco quilos. Eles têm uma faixa preta e manchas pretas no peito.

Os cientistas estão tentando encontrar as causas do declínio na população de pinguins africanos, na tentativa de reverter a tendência.

Uma nova câmera foi desenvolvida recentemente para rastrear e fotografar essas aves raras e registrar seus dados pessoais em um computador. Os pinguins se reconhecem pelo número e padrão dos pontos em seus peitos. Esta câmera fotografa esses pontos e registra uma imagem e detalhes de identidade. De certa forma, é como o equipamento de reconhecimento de íris sendo usado para reconhecer seres humanos.

A câmera usa biometria para monitorar os pássaros sem ser invasivo. Todas as informações podem ser retransmitidas através de uma conexão de computador. Os cientistas poderão controlar o bem-estar dos pinguins sem interferir ou perturbá-los. Espera-se que informações sobre quanto tempo os pinguins vivem, com que frequência se reproduzem e aumentem ou diminuam seu número possam ser melhor compreendidas, para que sejam tomadas medidas para garantir a sobrevivência das espécies.

Antes do desenvolvimento dessa tecnologia biométrica, os cientistas tiveram que capturar os pingüins e encaixá-los com clipes de asas de metal que tinham números de identidade impressos. Isso colocou os pássaros sob estresse toda vez que precisavam ser identificados. Demorou meses para capturar, marcar e registrar as colônias e depois localizar os pássaros novamente. O trabalho agora deve ser mais fácil e os pinguins permanecerão inalterados enquanto os dados são coletados.

Essa mesma tecnologia pode ser adaptada para rastrear e registrar guepardos, tubarões, borboletas ou qualquer outro animal com suas próprias marcas distintas.





Instruções De Vídeo: Yuval Noah Harari In Conversation with Christine Lagarde (Abril 2024).