O presente da doença
Não, este artigo não é uma tentativa de sátira ou humor. Não é um 'guia de presentes'. É sobre as lições de vida que aprendi com minha doença.

Nos últimos anos, passei a considerar minha doença um presente. Estou tentando ver o lado positivo, embora nem sempre seja tão fácil de fazer.

Costumo me orgulhar de minha saúde. Apesar de um distúrbio alimentar (bulimia), eu acreditava que era invencível (os adolescentes podem ser tão bobos, às vezes). Tomei suco de picles e vinagre para cortar gordura, tomei diuréticos religiosamente e acreditei que não estava fazendo nada para destruir minha saúde.

Eu não honrei meu corpo. Também fiz más escolhas em outras áreas. Comi muito açúcar e bebi bastante refrigerante comum, que não passa de açúcar líquido, é claro.

Eu também odiava o mundo. Eu estava com raiva o tempo todo. Lute contra o establishment. Combate o Poder. Lute com meus pais. Briga briga briga.

Raiva e estresse foram meus melhores motivadores. Minha mãe me avisou que eu ficaria doente. Ha! Eu ri disso. E eu não achava que era um temerário.

Garota boba.

Era eu antes da minha doença (e maternidade).

Eu havia sido criado como católico, mas havia abandonado minha fé. Antes disso, eu havia abandonado a fé em mim mesmo. Eu era uma garotinha triste. Um miserável também.
Então fiquei doente. Comecei a ver o mundo de maneira diferente. Apreciei mais as folhas e as árvores. Parei para cheirar as rosas, como diz o velho clichê. Aprendi que o abraço de seu filho e o amor incondicional existem.

Aprendi que sou capaz de grandes coisas, se não me coíbo delas. Aprendi que tenho que me cuidar. (Ok! Ainda estou aprendendo essa.)
Não voltei ao catolicismo e não desejo. Eu encontrei fé em mim e nos outros. Aprendi que a vulnerabilidade NÃO é uma coisa ruim. Não é fraco. De fato, admitir que você precisa de ajuda costuma ser a coisa mais forte que você pode fazer.

Aprendi a confiar nas pessoas ao meu redor e a soltar a madeira morta (pessoas nas quais não posso e não devo confiar). Aprendi quem são meus verdadeiros amigos e o quanto as pessoas me amam.

Sou uma pessoa melhor desde que fiquei doente e sou grato por isso. Ainda posso desejar não precisar da fibromialgia para me ensinar lições importantes da vida, mas pelo menos sobrevivi para contar a história - e continuarei fazendo isso.

Boas Festas - Ramadã, Natal, Hanukah, Kwanzaa, Diwali e Yule.

Minha resolução para o próximo ano é tentar celebrá-los todos os dias. Estes são os momentos que tornam a vida digna de ser vivida. O espírito pode subir, mesmo que o corpo possa engatinhar.




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